O Mercado Organizado De Valores Mobiliários

O que é o mercado organizado de valores mobiliários?

Nos termos da Resolução CVM 135, considera-se mercado organizado de valores mobiliários o espaço físico ou o sistema eletrônico, destinado à negociação ou ao registro de operações com valores mobiliários por um conjunto determinado de pessoas autorizadas a operar, que atuam por conta própria ou de terceiros.

O mercado organizado de valores mobiliários se divide entre bolsa e balcão.

O que seria a Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores, ou apenas bolsa, é um ambiente de negociação de valores mobiliários mais rígido e fiscalizado dentro do mercado organizado, seja quanto as operações realizadas, seja quanto aos valores ali operados.

A bolsa realiza negociações de ativos de empresas de capital aberto e as negociações giram em torno de ações, além outros investimentos, como dólar, juros futuros, entre outros. A bolsa de valores brasileira, conhecida como B3, é supervisionada pela CVM.

As negociações ocorrem de forma digital e organizada e os ativos (papéis) são disponibilizados pelas corretoras em um painel chamado home broker, no qual é possível ao investidor realizar ordens de compra e venda.

Todas as informações das operações realizadas na bolsa são públicas, de modo que o mercado possui acesso aos preços, quantidades e horários dos ativos que foram negociados.

Como funciona o mercado de balcão organizado?

O mercado de balcão organizado, também chamado de over the counter (OTC), é aquele no qual as operações que não têm registro na bolsa de valores, ainda que realizadas através do sistema da B3 e devidamente controlado pela CMV. Para operar no mercado de balcão é preciso ser uma corretora, gestora ou banco de investimento, que conectam as pessoas que desejam operar.

Através do mercado de balcão é possível negociar somente entre duas partes e com menos burocracia, de modo que o mercado não possui acesso as características do negócio realizado. Ainda, é possível negociar ativos de empresas que não estão na bolsa.

Apesar de ser fiscalizado pela CVM, o mercado de balcão organizado é mais flexível do que a bolsa, tanto para as empresas que negociam seus ativos, quanto para as operações realizadas. A título de exemplo, as operações são registradas, tal qual na bolsa, contudo, não há necessidade de que as informações sejam prestadas continuamente, admitindo-se a notificação ao final do pregão.

É no mercado de balcão que empresas que não operam via bolsa conseguem se financiar com a venda de participações acionárias ou de títulos de dívida. Os investidores, por sua vez, buscam ativos com maior rentabilidade, esperando um retorno maior proveniente do risco.

Em resumo: os investidores encontram oportunidades com maior potencial de lucro do que na bolsa e, ao mesmo tempo, as empresas conseguem capital para crescer suas operações.